terça-feira, 7 de outubro de 2014

Escritores do Realismo Português

Cesário Verde

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O poeta português José Joaquim Cesário Verde  nasceu em Lisboa no dia 25 de fevereiro de 1855. Conhecido por seus dois últimos nomes, ele é visto como um dos predecessores  e grande influência do estilo poético realizado no século XX em Portugal.
Cesário Verde teve uma origem humilde, era filho de um comerciante e agricultor chamado José Anastácio Verde e de Maria da Piedade dos Santos Verde. Em 1873, inicia seus estudos acadêmicos no Curso Superior de Letras, mas frequenta as aulas por apenas alguns meses. Neste período, acaba conhecendo um amigo que levaria para o resto da vida, Silva Pinto, também português e escritor. Naquela época, as atividades de Cesário eram produzir muitas poesias, que acabavam sendo publicadas em periódicos, além de trabalhar no comércio, ofício que herdara de seu pai.
tuberculose  foi uma maldição na vida de Cesário Verde. Após perder a irmã e o pai para esta doença, o poeta começa a ter sintomas da enfermidade em 1877. Apesar da tristeza que tudo isso lhe causava, o mal lhe serviu de inspiração para a produção de um de seus mais belos poemas, “Nós”, de 1884.
“Ora, meu pai, depois das nossas vidas salvas
(Até então nós só tivéramos sarampo),
Tanto nos viu crescer entre uns montões de malvas
Que ele ganhou por isso um grande amor ao campo!”
(trecho da poesia “Nós”)
Cesário Verde não conseguiu escapar da doença e faleceu aos 30 anos, em dezenove de julho de 1886. Silva Pinto, em sua homenagem, organizou uma compilação com a poesia do amigo, que chamou de “O Livro de Cesário Verde”. Em 1901 este livro foi publicado.
Na poesia de Cesário Verde, alguns temas predominantes são o campo e a cidade. Seu estilo era delicado, com emprego de artifícios impressionistas e uma sensibilidade dificilmente vista no meio literário. A forma de expressão utilizada era mais natural, pois o poeta evitava o lirismo clássico.
As características mais importantes encontradas na análise de sua obra são imagens muito visuais que tinham o objetivo de dimensionar a realidade do mundo, a mistura do moral com o físico, a combinação de sensações, comparações, metáforas, sinestesias, versos decassílabos e quadras.
Um tema recorrente nas poesias de Cesário Verde é a mulher. Ele nos apresenta dois tipos femininos, sempre atrelados aos locais em que ambienta seus versos. Na cidade, cria uma mulher calculista, madura, frívola, fria, autodestrutiva e dominadora. Em sua representação do campo, o poeta monta arquétipos de mulheres pobres, feias, doentes, esforçadas e trabalhadoras.



Fialho de Almeida

Vida pessoal e formação

Fialho de Almeida nasceu em Vila de Frades no dia 7 de Maio de 1857, filho de um mestre-escola.
Realizou os estudos secundários num colégio de Lisboa, entre 1866 e 1871; empregou-se numa farmácia, e formou-se em Medicina, entre 1878 e 1885. Em 1893 voltou à sua terra natal, aonde desposou uma senhora abastada, que faleceu logo no ano seguinte.
Fialho de Almeida faleceu a 4 de Março de 1911, na localidade de Cuba , aonde foi sepultado.

Carreira profissional e artística

No entanto, não seguiu a carreira profissional, tendo-se dedicado ao jornalismo e à literatura. 
Tornou-se lavrador em Cuba, mas continuou a publicar artigos para jornais, e a escrever vários contos e crônicas.
Entre as suas obras mais notáveis, encontram-se os cadernos periódicos Os Gatos, redigidos entre 1889 e 1894, que seguiram a mesma linha crítica d' As Farpas, de Ramalho Urtigão.
A sua carreira literária foi pautada por um estilo muito irregular, baseado no naturalismo; inspirou-se, principalmente, nas sensações reais, mórbidas e grosseiras, com temas repartidos entre os cenários urbanos e campestres.
O seu estilo adaptou, nos finais do Século XIX, um espírito mais decadente, em concordância com os ideais em voga nessa época.
Fialho de Almeida colaborou em diversas publicações periódicas, nomeadamente nos jornais humorísticos Pontos nos ii (1885-1891) e A Comédia Portuguesa (fundado em 1888) , e também nas revistas O Pantheon (1880-1881), Ribaltas e gambiarras (1881), Branco e Negro (1885-1891), Brasil-Portugal (1899-1914), Serões (1901-1911).

Obras

Contos (1881)
A cidade do Vício (1882)
Os Gatos (1889-1894)
Lisboa Galante (1890)
O País das Uvas (1893)
Galiza (1905)
Saibam Quantos... (1912) Cartas e artigos políticos
Aves Migradoras (1914).


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